Impressões sobre o Endgame, do Megadeth

por Mário Megatallica

Eu estava ansioso para ouvir o novo álbum do Megadeth desde o lançamento do último álbum do Metallica, Death Magnetic, afinal, como acompanho Dave Mustaine há dezesseis anos, sei que ele daria uma resposta à altura ao álbum dos seus ex companheiros de banda. É sempre assim: sempre que o Metallica lança um novo álbum, Dave Mustaine lança outro na mesma linha sonora, porém, sempre mais pesado; e quando ouvi Death Magnetic - um excelente álbum, diga-se de passagem - já tinha certeza de que o próximo do Megadeth seria melhor ainda.

Pois bem, acabei de ouvir o Endgame, novo álbum do Megadeth. Hehe... Simplesmente avassalador, esmagador, furioso! Não me deixou nem respirar direito... Preciso apenas de três palavras para resumí-lo: pesado, veloz e agressivo - um verdadeiro retorno ao Thrash/Speed Metal que consagrou a banda nos saudosos anos oitenta colocando-a no "big four" do estilo a nível mundial.

O álbum está repleto de riffs e arranjos matadores, bem ao estilo da banda nos primeiros álbuns. É como uma mistura entre Killing Is My business, Peace Sells..., So Far So Good So What!, Rust In Peace, Countdown To Extinction e United Abominations. É sério! Não é exagero, pode conferir! É peso, velocidade e agressão do início ao fim, com riffs pesados e bem trabalhados, solos supervelozes e insanos, bateria "moendo" quase o tempo todo e a sua cabeça "batendo" sem parar, com a sensação de estar sendo metralhado por milhares de notas. Ah, como é bom sentir essa sensação de novo! Todos os membros capricharam desta vez, tornando o álbum muito atraente para fãs de Thrash/Speed Metal. Dave Mustaine voltou a fazer riffs velozes e bem trabalhados, como há muito tempo os fãs da banda não ouviam; Chris Broderick, debutante em álbuns do Megadeth, despejou toda sua técnica e velocidade nos solos e se destacou tanto nisso que neste álbum ele faz quase todos os solos - ou seja, ganhou a confiança e o respeito do chefe; James Lomenzo ficou responsável em dar peso aos festival de riffs do chefe, seguindo as músicas com linhas simples, porém, marcantes; e Shawn Drover - o atual braço direito de Dave Mustaine na banda - não deixou por menos, mostrando que é capaz de tocar rápido e com muita técnica, afinal, encheu as músicas com seus contratempos, bumbos duplos bem distribuídos - usados na hora certa - dinâmica e rudimentos impecáveis, enfim, mostrando que reúne muitas qualidades que seus antecessores possuíam individualmente, tornando-se talvez o mais completo que já passou pela banda.

Há pontos negativos? Sim, claro. Ninguém é perfeito, nem mesmo Dave Mustaine, o perfeccionista. Neste álbum não há tantas melodias no vocal, que segue uma linha mais "reta", mais falada - acho que ele se preocupou tanto com o instrumental que se esqueceu do vocal... Os refrões também não são muito inspirados; nenhum possui uma melodia marcante. Os solos são massivamente rápidos, cheios de arpejos de escalas, com pouco senso melódico - o famoso "feeling", que nos faz sentir saudade do Marty Friedman. A estrutura das músicas também mudou um pouco, havendo passagens abruptas de um riff para o outro ou de uma parte para outra, dando a sensação, em alguns casos, de que foram "colados" um após o outro aleatoriamente. Mas, isso são apenas detalhes que percebemos devido à péssima mania de comparar tudo com o incomparável Rust In Peace.

Falando em Rust In Peace, muito se falou sobre o Endgame poder superá-lo; o próprio Dave Mustaine afirmou isso. E digo para você: não foi desta vez. E nem será tão cedo, talvez nunca, porque o Rust In Peace é uma obra-prima do Metal, é inigualável, insuperável; por isso chega de cobrar do Mustaine essa missão impossível.

No geral, tudo que foi dito na imprensa especializada sobre o Endgame eu pude confirmar com felicidade estampada no rosto - e com o pescoço dolorido. Foi com muita satisfação que ouvi o álbum e pude concluir que o Megadeth se superou com este excelente Endgame, afinal, ele tem tudo que um fã de Megadeth esperava ouvir há muito tempo: músicas pesadas, agressivas, velozes, com a marca inconfundível de Dave Mustaine - seus riffs matadores. Mais uma vez o "Lord Of The Riffs" superou seus concorrentes e lançou o melhor álbum de 2009 e um dos melhores dos últimos dez anos.


Endgame, do Megadeth (2009)

.Dave Mustaine - lead guitar and vocals
.Chris Broderick - guitar solo
.James Lomenzo - bass

.Shawn Drover - drums

- Dialectic Chaos
- This Day We Fight
- 44 Minutes
- 1.320

- Bite The Hand
- Bodies

- Engame

- The Hardest Part Of Letting Go... Saled With A Kiss

- Headcrusher

- How The History Ends

- The Right To Go Insane






2 comentários:

Anônimo disse...

O ENDGAME do MEGADETH detona o DEATH MAGNETIC do METALLICA!!

Aliás, o THE SYSTEM HAS FAILED e o UNITED ABOMINATIONS detonam também e isso é tudo!!

Anônimo disse...

ñ adianta,ñ dá p/ comparar mega com metallica!!!
megadeth muito melhor,end game é foda demais,num dá pro metallica!!!!!