Gravadoras buscam saídas para a crise fonográfica

Segundo reportagem do jornal O Globo, números divulgados na semana passada, em Londres, pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI na sigla em inglês), mostram queda de 80% das vendas no Brasil.

Ainda aguardando o fechamento dos números de 2009, o diretor executivo da ABMI, José Celso Guida, estima em cerca de 800 títulos nacionais editados. A Biscoito Fino, sozinha, por exemplo, no ano passado, botou 98 títulos no mercado, mais que a soma do que as quatro multinacionais, EMI, Sony, Universal e Warner lançaram no mesmo período.

Em bom português, as grandes botaram o pé no freio. Mas, segundo os executivos do meio ouvidos pelo Globo, o pior passou, e o momento é de encontrar novos modelos para a música, que não parou. Marcelo Castello Branco, presidente da EMI (também responsável pela companhia na América do Sul e Central), garante que a fase negativa é passado. Entre seus argumentos, está o lançamento de 31 artistas brasileiros em 2009: 19 deles gravados pela própria EMI, sete licenciados (com a empresa assumindo o marketing) e cinco apenas com contratos de distribuição.

“Continuamos arriscando, apesar de sermos mais seletivos. E a música brasileira ainda representa 70% de nosso negócio. Aprendemos a conviver com os problemas e estamos mais pró-ativos”, assegura Castello Branco, que também diz que mesmo com o crescimento da venda digital, principalmente para celulares, o produto físico, CD ou DVD, ainda é o que move o setor.

Desde 2008 líder no mercado brasileiro, a Sony Music, segundo seu presidente, Alexandre Schiavo, ainda banca 90% das produções nacionais que lança.

A Sony também conseguiu outras fontes de renda por meio de seu braço no ramo de shows, a Day 1 Entertaiment, mas o executivo pede mais ajuda do governo. “Reduziram impostos de carros, eletrodomésticos, material de construção; o livro é isento, enquanto isso, a nossa rica produção musical não tem incentivo algum.”


Fonte: Primeira Página
             roadiecrew.net


 

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